Vert agora é Veja: entenda a mudança estratégica de nome da marca francesa no Brasil

Após 10 anos operando no Brasil como Vert, a marca de tênis francesa anunciou oficialmente a adoção do seu nome original e global: Veja. A transição, revelada em um evento intimista nos Jardins (SP), marca uma virada significativa na identidade da empresa no país onde seus produtos são fabricados — e traz reflexões importantes sobre registro e proteção de marca.

Fundada em 2005 pelos franceses Sébastien Kopp e François-Ghislain Morillion, a Veja nasceu com a proposta de reinventar o tênis a partir de valores como comércio justo, responsabilidade ambiental e impacto social. Embora globalmente conhecida como Veja, a marca chegou ao Brasil em 2014 sob o nome “Vert” — um movimento estratégico motivado por restrições legais, já que o nome “Veja” estava indisponível para registro no país.

“O nome muda, mas a qualidade e a produção continuam as mesmas. O Brasil é o nosso coração”, afirma Kopp em entrevista à Forbes.

🔍 Registro de marca: o detalhe que muda tudo
O caso Vert/Veja ilustra perfeitamente o impacto que um registro de marca pré-existente pode gerar mesmo para empresas consolidadas globalmente. Apesar de a marca Veja já ser conhecida internacionalmente, a empresa precisou operar por anos no Brasil sob outro nome, devido ao bloqueio no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).

Essa realidade é comum: nomes disponíveis em outros países podem estar indisponíveis no Brasil, exigindo adaptações estratégicas — ou, como neste caso, mudança temporária de identidade para viabilizar a operação no mercado nacional.

💡 Oportunidade para refletir sobre sua marca
A decisão da Veja de unificar a comunicação global é um passo ousado e estratégico. Agora, com a consolidação da marca no país e provavelmente com a regularização do nome original no INPI, a empresa fortalece sua imagem e alinha sua identidade global com suas raízes brasileiras — afinal, toda a produção da marca ocorre no Brasil, com insumos nacionais e uma cadeia sustentável de fornecedores.

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Fonte: https://forbes.com.br/